Acordei sobressaltada, com o peso da responsabilidade que não poderia programar o telemóvel para mais 9 minutos (especificamente), não podia adormecer, tinha pessoas à minha espera. Eram 05h da manha. O sono era tanto que só me apetecia chorar como uma criança pequena e fazer birra: já não quero ir! Já não vou! Não quero saber! Mas fui. Fiz 6 horas de viagem.
***
E no meio de toda aquele frenesi, com as emoções à flor da pele, um remoinho de borboletas no estômago de cada uma de nós e o “agarra aqui no véu que já me dói o braço” - “olha que só tenho duas mãos, não consigo” - “então larga o copo!” E o “cuidado com o cabelo dela, não pode desmanchar”, “estás a puxar demasiado o véu!” – “não estou nada, cala-te” - “estás sim, estás a magoar-me”. “Tu bebes martini ao pequeno-almoço?”. “Olha a make up, cuidado para não sujar o vestido”. “Merda, vesti as meias ao contrário”. Goood!!! “Vá, tudo outra vez.” “Já tens a coisa emprestada?” – “ Sim.” “E a coisa usada?” - “Sim”. “E a coisa azul?” - “Cala-te, estás a enervar-me.” “Ajuda-a a descer da cadeira”. E estava pronta! E estava serena. E estava linda.
***E no meio de toda aquele frenesi, com as emoções à flor da pele, um remoinho de borboletas no estômago de cada uma de nós e o “agarra aqui no véu que já me dói o braço” - “olha que só tenho duas mãos, não consigo” - “então larga o copo!” E o “cuidado com o cabelo dela, não pode desmanchar”, “estás a puxar demasiado o véu!” – “não estou nada, cala-te” - “estás sim, estás a magoar-me”. “Tu bebes martini ao pequeno-almoço?”. “Olha a make up, cuidado para não sujar o vestido”. “Merda, vesti as meias ao contrário”. Goood!!! “Vá, tudo outra vez.” “Já tens a coisa emprestada?” – “ Sim.” “E a coisa usada?” - “Sim”. “E a coisa azul?” - “Cala-te, estás a enervar-me.” “Ajuda-a a descer da cadeira”. E estava pronta! E estava serena. E estava linda.
Estou em sitio estratégico, para sair sem me fazer notar, caso me apeteça fugir ou simplesmente fumar um cigarro, quando ela passa mesmo ao meu lado, de braço dado com o pai, com um nervosismo tal que se sentia em Lisboa, a controlar a emoção, que devia estar por um fio, mas sem conseguir controlar os lábios, que tremiam e fugiam ligeiramente para o lado esquerdo. Eu não consegui deixar de olhar para ela, até que ela passou e aos poucos foi-se afastando, até só a conseguir ver de costas, lá ao fundo. Saí para fumar um cigarro e senti os meus lábios a fugirem-me para o lado esquerdo, tal como a ela.
***
E já pela madrugada dentro, sentada (mal aguentava os pés e os sapatos), a bater palminhas como as velhas e com um blazer vestido, que algum bêbado deve ter perdido, surge uma pergunta: “Esse casamento?” - perguntou ele por mensagem.
Cheio de emoções. Mas não respondi.
Sem comentários:
Enviar um comentário
pensamentos cor-se-rosa