Pensamentos Kafkianos em cor-de-rosa

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010


Estou oficialmente de férias mas ainda não me sinto de férias. Nos últimos anos tenho sentido isto. Só considero férias após o dia de trabalho ter terminado e o fim-de-semana também, isto porque normalmente começo as férias a uma 2ªf e aí sim, estou de férias. Hoje sinto uma tranquilidade imensa, sem motivo aparente. Não faço ideia daquilo que vão ser as minhas férias, os meus planos saíram furados, ainda que por motivos mais que justificáveis. Mas tinha o plano B, que furou hoje da parte da tarde, por motivos também compreensíveis. No entanto, não consigo perceber porque é que as pessoas arrastam e arrastam, a bem dizer andam a engonhar o assunto, quando se fossem frontais de início poupava-se uma carga de trabalhos. A desculpa é sempre a mesma: não sabia bem como te dizer, não tive coragem, estava a ver se conseguia… e blá blá blá. Mas depois ganham coragem e dizem: “amiga… tenho más noticias…, é que já não posso viajar” (íamos tratar do bilhete amanha). Epah! Não me podia ter dito a semana passada? Se já sabia que não podia ir porque é que me deixou fazer planos e andar entusiasmada a semana toda? Isso sim, tenho muitaaa dificuldade em compreender. Da mesma forma que tenho muitaaaa dificuldade (mais ainda) em compreender o blá blá blá que se segue: “Pois, já sabia que ias reagir assim. Foi por isso que não te contei logo”.
Não sei se sou só eu que chego lá, mas quer-me parecer que se me tivesse contado logo de início, eu não teria reagido assim, mas se calhar são coisas da minha cabeça. Mas não estou zangada. Estou triste por não ter coragem para ir sozinha.

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