Levantei-me a meio da manha e parti à descoberta de uma
cidade que não conhecia. Havia muita gente na rua, muito trânsito, muitas
pessoas a deslocarem-se para o local de trabalho. E eu caminhava, sem saber
para onde ia, no meio de toda aquela gente. Sentia-me observada mas continuava
a andar, sem saber aonde estava ou para aonde ia. Lembro-me que o facto de
estar perdida e de me sentir observada causava-me uma certa angústia. A dada
altura, atravesso a pé, um cruzamento com 3 faixas de rodagem (para cada lado),
sem semáforos para peões, passadeira ou ponte aérea. Fiquei surpresa quando os
carros pararam para eu passar (e não foi por eu estar de baby-doll leopardo) e
com a expressão dos condutores e de repente com a expressão de todos. Dos que
estavam na paragem de eléctrico, dos que andavam na rua apressados, dos que
circulavam em transportes públicos e me olhavam pela janela. De todos. Então
percebi, eles achavam que eu era louca. E eu não estava bem certa se o era ou
não, pois não conseguia perceber porque raio tinha saído à rua de camisa de dormir.
Fiquei envergonhada e quis sair dali. Virei-me para trás e vi o hotel aonde
estava hospedada. Tudo tinha acontecido ali, a cerca de 100 metros do hotel, o
que me confundiu ainda mais. Voltei a olhar para mim e continuava de baby-doll
leopardo. Entrei no hotel para ir para o meu quarto e o quarto não existia.
Pedi ajuda a uma camareira. Fomos as duas à procura do meu quarto (que entretanto
não me lembrava qual era) e de repente ela desapareceu. Fiquei sozinha num
corredor enorme, cheio de portas de um lado e de outro (tipo filme de terror
psicológico). Acordei com o meu pai a telefonar-me (graças a Deus). Vou começar
a dormir de pijama e com cores neutras (just in case).
El farolillo
Há 1 semana
bemmmm, viajar dessa maneira é ótimo, pois eu sou apologista de, antes de viajarmos para o entrangeiro, conhecermos o nosso país que é lindo, mas dentro do quarto é qualquer coisa de extraordinário.
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