Acho que depende do ponto de vista. E ainda assim, acho que depende do dia ou parte do dia que resolvemos desenvolver o ponto de vista. É que ter um ponto de vista de manha, acabadinhas de acordar e frescas que nem uma alface pode ser muito diferente do ponto de vista que temos ao final do dia, em que estamos cansadas, com um humor de cão e olheiras profundas de um dia inteiro ao computador (sim, eu fico com olheiras de estar muitas horas ao computador).
E mais havia a divagar sobre um tema digno de uma verdadeira tese de doutoramento, mas vamos ficar por aqui porque não vos quero maçar.
Há umas horas atrás, respondi a uma oferta de emprego na minha área para as Filipinas. Podia vir para aqui dizer que só depois de me candidatar é que reparei que era para as Filipinas. Mas não, reparei logo e enviei na mesma.
Agora, umas horas mais tarde e com o ponto de vista ligeiramente alterado, sinto-me numa ambivalência. Em parte, quero ser contactada e iniciar o processo de recrutamento, ao mesmo tempo que penso é que devo estar parva.
Primeiro, as Filipinas são no cu de Judas. Acho que as palavras cu e Judas na mesma frase, só por si já devem dizer qualquer coisa. E não me parece que seja algo favorável.
Segundo, não sei se quero ir.
Devem existir mais pontos, é só uma questão de parar para pensar.
Depois volto a pensar, só o facto de ser contactada para uma entrevista era assim para o espectacular, dada a reputação da empresa.
Mas o que é que isso interessa? Eu já acho Angola longe e até estou à procura de trabalho em Portugal para não ter que voltar para lá. O que é que vou fazer para as Filipinas? Penso logo a seguir, ou ao mesmo tempo, já não sei.
E pronto, daqui a 6h tenho de ir ao aeroporto levar umas amigas e ainda tenho de ir dormir e não consigo deixar de pensar nisto.
Isto começa a deixar de ser uma ambivalência e passa para uma grandessíssima parvoíce, até porque não acredito que tenha currículo suficiente para aquilo!
também existem surpresas na nossa vida!
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