Pensamentos Kafkianos em cor-de-rosa

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quarta-feira, 9 de março de 2011

O dia seguinte

Saio de carro às 9h da manha e não vejo o carro. Ia jurar que o tinha deixado à porta de casa mas dada a relação existente entre o alzheimer e as minhas 2 avós e os esquecimentos da minha mãe (é cansaço, diz ela), presumi que o tivesse deixado noutro sítio, afinal preciso de férias. Posto isto, andei, andei e andei, não fosse ter deixado o carro a 2 km de distância e não me lembrar, mas nada. Então andei, andei e andei em sentido contrário e nada. Comecei a ficar preocupada e andei, andei e andei até à rua debaixo e depois até à rua de cima. Não havia rasto da minha jóia swarovski. Pânico! Me-do! Primeiro pensamento: O arguido roubou-me o carro! Eu sabia que não me devia meter com esse tipo de gente. Acalma-te mulher, acalma-te. Pensei novamente. Porque é que ele me iria roubar o carro? Não faz sentido nenhum! Se ele não quiser que eu testemunhe parte-me um braço, uma perna, o pescoço, dá-me um tiro ou rapta-me. Não me vai roubar o carro porque assim como assim eu podia sempre ir de táxi para o tribunal. Aliás, partia-me era o carro todo ou incendiava-o, não o roubava. Fico sempre mais calma depois de falar com os meus sapatos. Respirei fundo e olhei em frente, estava novamente à porta de casa. Então atravessei a estrada e lá estava ele a sorrir para mim, escondidinho atrás de um jeep grand cherokee, estrategicamente estacionado de forma a tapá-lo. Continuo a achar que foi o arguido que estacionou ali o cherokee para me pregar um valente susto.

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