Pensamentos Kafkianos em cor-de-rosa

Pensamentos Kafkianos em cor-de-rosa

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Acordei com vontade de não sair da cama, com aquela sensação de não apetecer fazer nada do que se tem para fazer. E com este pensamento dei voltas e voltas, tentei vãmente adormecer e acabei por me levantar, afinal era véspera de natal. Ainda de pijama, tomei um pequeno-almoço lento, fumei um cigarro e deambulei pela casa com um sentimento de vazio enorme, apenas preenchido com a água quente do banho. Pareceu-me ouvir o telemóvel tocar mas não me apeteceu ir buscá-lo, não era nada de importante, seria alguém a desejar feliz natal. Tocaram à campainha, pensei em não atender pois deveria ser publicidade mas lá me arrastei para ver quem era e lá estava ele. Pediu desculpa por vir sem avisar. Disse que queria fazer uma surpresa. Disse que ficou preocupado quando não atendi o telemóvel mas viu o carro à porta, sabia que eu estava em casa. Ofereceu-me um presente de natal. Estava nervoso. Eu estava feliz.


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