10h a.m.
A protagonista chega ao hotel. Tem vontade de chorar. É
dominada por um sentimento de impotência tão, mas tão grande, que coloca em
dúvida o que conseguiu até aqui. Prorrogou o visto e permaneceu mais 17 dias
(contadinhos pelos dedos) que o previsto, para realizar uma viagem que não se
veio a concretizar. Sente o seu pequeno (e outrora cor-de-rosa) mundo abalar. A
ansiedade toma conta dela e embala-a como se de uma criança se tratasse. A
mesma ansiedade que vai tomar conta dela no seu regresso a casa. No seu
regresso a Portugal. A um Portugal que se vai tornar ainda mais distante (do
que é na realidade). A um Portugal que se chega com uma missão não definida,
não cumprida, não terminada. Essa ansiedade vai sempre tomar conta dela, como
de uma criança pequena. Vai estar sempre presente. Vai sempre acompanhá-la.
marissol, não é fácil sentir essa frustração, no entanto uma coisa é certa, não é de todo da tua responsabilidade, não podes ter esse sentimento de impotência, pois não és a causadora de as coisas não andarem mais rápido.
ResponderEliminar